quinta-feira, 12 de março de 2009

~ Coisas que não se compra ~

O tempo passa rapidamente, e buscamos a todo instante as tão esperadas conquistas que nos tragam satisfação e prazer. Nessa busca que parece não ter mais fim, muitos desejam comprar carros, casas, outros querem sucesso profissional ou conhecer e viver um grande amor, a procura incansável do olhar do outro, que queremos que nos ame..
Claro que todos esses desejos são naturais e fazem parte do caminho que cada um traça em sua vida, mas muitas vezes nos esquecemos de que, para que haja algo que realmente faça diferença, temos que perceber o que nos impulsiona à vida. Acredito que o maior desafio que o ser humano enfrenta, é perceber que a felicidade não está nas coisas.
Como podemos procurar pela felicidade, se já estamos envoltos por ela? Se ela faz parte de nós e de nossa essência? O psicólogo e escritor Hobert Holden diz que nós somos como peixes nadando com sede, que de tanto procurar por água, não percebe que ela está em tudo o que o cerca. A água simboliza nossa felicidade e nossa paz interior.
Parece contraditório que, se dentro de cada ser humano existe todo o tesouro, ele busque fora de si a felicidade, e passe anos e anos de sua vida lamentando-se daquilo que não deu certo.
E é realmente essa busca infinita, essa inquietude, que não nos permite ver o que de fato é importante. Sim, porque as coisas mais simples da vida são as mais importantes, e infelizmente, as menos valorizadas.
Passamos horas, dias, meses ou uma vida inteira, correndo atrás da tão merecida felicidade.
Quando cada pessoa puder transcender sua limitada realidade, buscando novos caminhos para seu desenvolvimento, poderá perceber a diferença que a paz interior trará.
Quando temos paz, temos tudo.
Desista da busca.
A felicidade já está aqui.

Que possamos aprender a valorizar todas as coisas que não podemos comprar.
(Aline Pepato)